sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Porto Santo como destino de cruzeiros

O Porto Santo possui uma baía abrigada, que permite em quase todo o ano, excepção quando os ventos sopram fortes do quadrante sul, uma bacia para fundeadouro aos navios de cruzeiro, seja qual for a sua dimensão.
Princess Danee  fundeado no Porto Santo

Não faz sentido nem é razoável dizer que o molhe comercial do porto do Porto Santo deveria ser aumentado afim de permitir a acostagem dos ditos navios.   Por muito que se aumentasse o comprimento não se aumentaria a profundidade o que nunca permitiria a acostagem dos modernos navios que são enormes e como tal  têm também um calado enorme. Dou o exemplo do MSC Splendida que tem 8.9 metros de calado, o que obrigaria a que o porto tivesse um mínimo de 11 ou 12 metros de profundidade.
A solução para o Porto Santo, no meu entender, passa por a construção de uma modesta infraestrutura no contra-molhe, como ja aqui referi várias vezes, onde com toda a segurança, os passageiros desembarcassem das baleeiras dos navios, ou outras embarcações usadas para o efeito. Lembro que uma operação similar foi efectuada em tempos pela lancha de turismo, "Tamisa".Estra pequena infraestrutura teria   uma pequena área coberta onde as autoridades faziam o controle, abrigados do sol e do vento, o que não acontece nas condições actuais.


Claro que também é preciso haver armadores interessados em escalar o Porto Santo, e para isso alem da divulgação da nossa linda baía, deveria haver incentivos, sobretudo das autoridades locais e regionais, nomeadamente numa fase inicial e promocional, onde poderiam por exemplo dar 50 ou 60% de desconto em todas as taxas.
Segundo informação que me foi facultada, os navios de cruzeiro que escalam o Porto Santo, têm uma isenção de taxa ao navio desde que tenha proveniência ou destino o Funchal, o que já é bom, mas considero insuficiente, já que tudo o resto paga e paga muito, alem de que obriga o navio a ir sempre ao Funchal.
O turismo de cruzeiros está em alta em todo o mundo, temos exemplos vários, em que os grandes navios simplesmente fundeiam e os passageiros desembarcam em embarcações pequenas e desfrutam das belas praias ou simplesmente vão a terra passear e conhecer o local.

Fica o convite aos armadores de navios de cruzeiro para olharem para o Porto Santo como uma ilha paradisíaca no Atlântico com excelentes condições, apesar do porto só permitir atracação de pequenos navios. È um segmento de turismo que é importante para qualquer região, e ainda mais no Porto Santo pois a ser implantado, esbate grandemente a sazonalidade a que existe na ilha .

Já alguns navios estiveram fundeados no Porto Santo ao longo dos anos, desde o primeiro nos anos oitenta MS Mikkail Lermontov ao mais recente MS Amadea  e foram e sempre serão muito bem recebidos e acarinhados pelo Porto Santo.

© Fotos: Elvio Leão com direitos reservados

1 comentário:

  1. O problema de aumentar o molhe principal será sempre o de depois estar a fechar a baía sobre a praia. Talvez com a inflexão que já se falou para fora mas lá está após a inflecção para ter uma linha contínua de atraque esse aumento teria de ter uns 300 metros pelo menos para permitir os tais navios maiores. Sem o aumento o problema será sempre também a necessidade de atracar em simultâneo o ferry diário nesse molhe pois é lá que está a rampa. Problema de fundos recorre-se a dragagem. Uma inflexão para fora no aumento do molhe também iria expor a linha de atraque nova mais ao mar de Sul/sudoeste. É outro problema. Além dos cruzeiros fundeados de companhias estrangeiras seria bom já agora pensar na Portuscale que tem navios pequenos e que poderiam atracar no Porto Santo.

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