O Mar do Porto Santo: Sun Flower 2 ex Pátria

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sun Flower 2 ex Pátria

O navio Pátria foi encomendado pelo Governo Regional da Madeira aos estaleiros Fary Marineteknik Ltd Cowes na ilha de Whight, chegou ao Funchal nos primeiros meses 1990 a bordo de um navio-doca, o que desde logo suscitou alguma polémica. Iniciou as viagens em Abril do mesmo ano e logo se virificaram deficiencias e vibraçoes que causavam frequentemente frissuras na zona dos hélices, problema resolvido quando de uma descolação a um estaleiro Canário, onde se colocaram reforços na dita zona.
O Pátria é um navio de efeito SWATH (small waterplane twin hull), o que na prática quer dizer que uma pequena boca dos cascos duplos em cima de flutuadores tipo torpedo, o que faz com que o navio não suba e desça a vaga mas que a perfure, evitando as oscilaçoes verticais. Funciona com vaga pequena, mas no Mar da Travessa a vaga costuma ser grande e o Pátria revelou-se desajustado para a travessia. Lembro-me que, no inverno 1995/1995 a Porto Santo Line operava com o Pátria em regine de afretamento, e houve uns dias seguidos de mau tempo do quandrante sul, e o Pátria não efectuou a ligação nesses dias, logo a comunicação social caiu em cima dizendo que o navio só não vinha ao Porto Santo por não ter passageiros, resultado, a PSL convidou os jornalistas, inclusive da RTP que fez uma filmagem, a fazer a viagem ao Porto Santo, e fez-se, só que nem chegou á baía, voltou a meio da viagem e no telejornal é que vimos na realidade o que era o navio com mar alteroso, Assustador é o termo correcto.
Com a entrada ao serviço dos ferries, o Pátria ficou imobilizado, navegando apenas nas docagens do Lobo Marinho acabando por ser vendido em 2003 á Daea Express Shipping Co da Corea do Sul e baptizado de Sun Flower 2, fazendo viagens entre a Corea do Sul e o Japão